sexta-feira, 26 de junho de 2015

TEORIA ESTRUTURALISTA

TEORIA ESTRUTURALISTA

Síntese dos princípios válidos das teorias Clássica, Relações Humanas e Burocracia.

A organização é considerada sistema aberto, ou seja, estabelece relações com o ambiente no qual está inserida.

Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações, das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer.

A teoria estruturalista estuda as organizações concentrando-se principalmente em sua estrutura interna e em sua interação com outras organizações.

Existem dois tipos de organizações:

v  Formais: caracterizadas pelas normas, regulamentos e estrutura hierárquica estabelecidos para atingir objetivos explícitos.

v  Complexas: levando em consideração o funcionamento e amplitude de atuação.

Conceito de homem organizacional: aquele que está constantemente exercendo um papel diante da organização com a qual entra em contato.

Os estruturalistas estudam as organizações através de uma análise organizacional muito mais ampla do que a de qualquer outra teoria anterior (restrita à fábrica).

A análise das organizações é feita a partir de uma abordagem múltipla que leva em conta os fundamentos da Teoria Clássica, Relações Humanas e Burocracia, envolvendo:

1-           Organização formal e informal: equilíbrio entre os elementos racionais e não-racionais do comportamento humano.
2-           Recompensas salariais e materiais em patamar similar às recompensas sociais e simbólicas.
3-           Diferentes enfoques de uma organização: modelo racional (tendo em vista os objetivos organizacionais); modelo natural (aparecimento da organização informal).
4-           Diferentes níveis da organização: institucional, gerencial e técnico.
5-           Diversidade de organizações: a teoria estruturalista ampliou o campo da análise da organização, incluindo uma maior variedade de organizações.
6-           Análise interorganizacional: fenômenos externos interferindo no funcionamento e interface das organizações.


Os conflitos são elementos geradores das mudanças e desenvolvimento.

TEORIA COMPORTAMENTAL

TEORIA COMPORTAMENTAL


Representa uma nova direção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. Ênfase nas pessoas.

Para explicar o comportamento organizacional, a Teoria Comportamental se fundamenta no comportamento individual das pessoas.

MOTIVAÇÃO HUMANA: Estudos de Maslow (Hierarquia das necessidades e de Herzberg (Teoria dos Dois Fatores).

Teoria dos Dois Fatores (Herzberg):

Fatores Higiênicos: se baseiam no contexto do cargo e em como o indivíduo se sente em relação à empresa. Ex: condições de trabalho, tipo de supervisão, política de salário e benefícios, normas e regulamentos internos etc.

Fatores Motivacionais: relacionados com o conteúdo do cargo. Ex: atividades desenvolvidas, reconhecimento, progresso profissional, realização.
Enriquecimento de Tarefas/Cargo para buscar uma contínua motivação no trabalho.






Estilos de Administração: Teoria X e Teoria Y.

Pressupostos da Teoria X
Pressupostos da Teoria Y
As pessoas são preguiçosas e indolentes.
As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras.
As pessoas precisam ser controladas e dirigidas.
As pessoas são ingênuas e sem iniciativa.
As pessoas são esforçadas e gosta m de ter o que fazer.
O trabalho é uma atividade natural.
As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios.
As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas.
As pessoas são criativas e competentes.

A organização deve ser vista como um sistema social cooperativo.

Sistemas de Administração (Likert):

1.   Autoritário Coercitivo: autocrático, arbitrário, fechado.
2.   Autoritário Benevolente: um pouco menos rígido que o primeiro.
3.   Consultivo: representa um gradativo abrandamento da arbitrariedade organizacional apresentada pelos anteriores.
4.   Participativo: sistema administrativo democrático.

Processo Decisorial


Para a Teoria Comportamental todas as pessoas dentro de uma organização estão continuamente tomando decisões, ou seja, a organização é um complexo sistema de decisões.

Decisão é o processo de análise e escolha, entre várias alternativas, do curso de ação que se irá seguir, tendo em vista a racionalidade (escolha dos meios mais adequados para o alcance de determinados fins, visando os melhores resultados).

Etapas do Processo Decisório ou Decisorial:
-        percepção da situação que envolve algum problema;
-        análise e definição do problema;
-        definição dos objetivos;
-        procura de alternativas de solução ou de cursos de ação;
-        escolha da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos;
-        avaliação e comparação entre as alternativas;

-        implementação da alternativa escolhida.

ESTRUTURA





ADMINISTRAÇÃO







DESAFIOS ORGANIZACIONAIS

DESAFIOS ORGANIZACIONAIS

-        Administração das organizações num ambiente global
-Projeto e estruturação ou reestruturação das atividades organizacionais
-        Melhoria da qualidade, competitividade e empowerment
-        Redução da complexidade, aumento da velocidade e reação às mudanças ambientais
-        Administração ética e moral das organizações


MUDANÇA DE PARADIGMAS


-        Mudança no papel dos chefes
-        Competitividade
-        Interdependência
-        Administração informatizada
-        Administração empreendedora
-        Foco no cliente
-        Meio ambiente
-        Qualidade de vida
-        Emergência do terceiro setor

PARADIGMAS TRADICIONAIS
PARADIGMAS DO TERCEIRO MILÊNIO
Revolução industrial - substituição e potencialização do trabalho humano por máquinas
Revolução digital - substituição e potencialização das funções humanas de decisão, comunicação e informação por computadores
Classe operária numerosa, em conflito com uma classe de patrões e gerentes
Trabalhadores em serviços e do conhecimento e profissionais liberais mais numerosos que os operários clássicos
Trabalhador especializado - operador de máquinas qualificado apenas para a realização de uma tarefa
Grupos de trabalhadores autogeridos e polivalentes, com educação de nível superior
Emprego e carreira estáveis
Desemprego, empregabilidade, terceirização, economia informal, empreendedorismo
Grandes estruturas organizacionais
Estruturas organizacionais enxutas
Ênfase na eficiência
Ênfase na competitividade
Interesse da empresa e do acionista
Ética e responsabilidade social, cidadania empresarial


NÍVEIS ORGANIZACIONAIS (Características)

NÍVEL

ATUAÇÃO

ABRANGÊNCIA
AMPLITUDE DE TEMPO

Institucional

Estratégico
global, envolvendo toda a organização

longo prazo

Intermediário

Tático
parcial, envolvendo 1 unidade

médio prazo

Operacional

Operacional
específico, envolvendo determinada operação ou tarefa

curto prazo


terça-feira, 23 de junho de 2015

VISÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO

Era Industrial Clássica (1900 - 1950)
Era Industrial Neoclássica (1950-1990)
Era da Informação (após 1990)
Início da industrialização
Pouca mudança
Previsibilidade
Estabilidade e certeza
Desenvolvimento industrial
Aumento da mudança
Fim da previsibilidade
Inovação
Tecnologia da informação (TI)
Serviços
Aceleração da mudança
Imprevisibilidade
Instabilidade e incerteza
Adm. Científica
Teoria Clássica
Relações Humanas
Teoria da Burocracia
Teoria Neoclássica
Teoria Estruturalista
Teoria Comportamental
Teoria de Sistemas
Teoria Contingencial
Foco em:
    Produtividade
    Qualidade
    Competitividade
    Cliente
    Globalização
    Conhecimento

Teorias Administrativas na Era Industrial Clássica:

1-  Ênfase nas tarefas

1.1-      Administração Científica
Ø    Frederick Winslow Taylor,1856 - 1915:
“Pai da administração científica”. Revolucionou os processos tradicionais dos métodos de trabalho através da aplicação de “métodos científicos”.

Sua preocupação original foi tentar eliminar o desperdício e as perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar os níveis de produtividade.


Princípios da Administração Científica:

1.      desenvolvimento de um método científico para o trabalho dos operários;
2.      estabelecimento de processo científico de seleção e treinamento do operário;
3.      cooperação entre gerência e operário;
4.      divisão do trabalho em função da especialização dos operários.

Princípios secundários de Taylor:
-         Estudo de tempos e movimentos
-         Seleção científica do trabalhador
-         Preocupação com a fadiga
-         Plano de incentivo salarial
-         Supervisão funcional
-         Condições ambientais de trabalho

Ø    HENRY FORD (1863 - 1947)

Enquanto Taylor se preocupou com a “economia do trabalho humano”, Ford direcionou seus esforços para a “economia de material e de tempo”.

A política de Ford se alicerçou na produção em massa, em série e em cadeia contínua; no pagamento de altos salários e na fixação de preços mínimos para os bens produzidos.

2-  Ênfase na Estrutura:

2.1- Teoria Clássica (Fayol, 1841-1925): padronizar e proporcionar regras genéricas de aplicação, como uma espécie de modelo para lidar com os assuntos administrativos.




As atividades da organização eram distribuídas em seis funções interdependentes:
a)   Técnicas (produção, fabricação, transformação)
b)   Comerciais (compra, venda, troca)
c)   Financeiras (procura e aplicação de recursos)
d)   Segurança (proteção e preservação dos bens e das pessoas)
e)   Contábeis (inventários, balanços, custos)
f)      Administrativos (planejamento, organização, comando, coordenação e controle)

Princípios universais de Fayol:
-         Divisão do trabalho
-         Autoridade e responsabilidade
-         Disciplina
-         Unidade de comando
-         Unidade de direção
-         Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais
-         Remuneração
-         Centralização
-         Cadeia escalar
-         Ordem
-         Eqüidade
-         Estabilidade
-         Iniciativa
-         Espírito de equipe

2.2- Teoria da Burocracia - Max Weber (1864 - 1920)

Conceito de Burocracia: forma de organização humana e que se baseia na racionalidade (adequação dos meios aos fins pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência.
Para Weber, a burocracia é o padrão mais eficiente para a administração.



A burocracia é baseada em:

1. Caráter Legal das normas e regulamentos.
2. Caráter formal das comunicações.
3. Divisão do trabalho.
4. Impessoalidade no relacionamento.
5. Hierarquização da autoridade.
6. Rotinas e procedimentos.
7. Competência técnica e mérito.
8. Especialização da administração.
9. Profissionalização.
10. Previsibilidade do funcionamento.

Disfunções da Burocracia:

1.      Maior internalização das regras e apego exagerado aos regulamentos.
2.      Excesso de formalismo e documentação.
3.      Resistência a mudanças.
4.      Impessoalidade no relacionamento.
5.      Rígida hierarquização da autoridade.
6.      Super conformidade às normas e procedimentos.
7.      Exibição de sinais de autoridade.
8.      Dificuldade no atendimento e conflitos com clientes.

3-  Ênfase nas Pessoas

3.1- Teoria das Relações Humanas (Elton Mayo, 1927 - 1932).
Experiência de Hawthorne, verificando os efeitos das condições ambientais sobre a produtividade.
Principais conclusões:
-         o trabalho é uma atividade grupal. O nível de produção é influenciado pelas normas do grupo e não apenas pelos incentivos salariais.

-         existência de uma organização informal constituída pelos grupos sociais e que interferem na atuação dos membros organizacionais.

ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO

ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO


Teoria da Burocracia (Max Weber - 1864-1920)

Conceito de Burocracia: forma de organização humana e que se baseia na racionalidade (adequação dos meios aos fins pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência.
Para Weber, a burocracia é o padrão mais eficiente para a administração.
A Teoria da Burocracia é constituída pelos conceitos de poder, autoridade e legitimidade.

Decorrem:

Tipos de sociedade: tradicional (patriarcal, patrimonial), carismática (personalismo, características místicas) e a racional-legal ou burocrática (normas impessoais).

Tipos de autoridade: tradicional (subordinados aceitam ordens superiores por costume), carismática (as ordens são aceitas pela influência da personalidade e liderança do superior) e racional-legal (concordância com as normas.


Características da Burocracia


A burocracia é baseada em:

1. Caráter Legal das normas e regulamentos.
2. Caráter formal das comunicações.
3. Divisão do trabalho.
4. Impessoalidade no relacionamento.
5. Hierarquização da autoridade.
6. Rotinas e procedimentos.
7. Competência técnica e mérito.
8. Especialização da administração.
9. Profissionalização.
10. Previsibilidade do funcionamento.

Disfunções da Burocracia:

1.     Maior internalização das regras e apego exagerado aos regulamentos.
2.     Excesso de formalismo e documentação.
3.     Resistência a mudanças.
4.     Impessoalidade no relacionamento.
5.     Rígida hierarquização da autoridade.
6.     Super conformidade às normas e procedimentos.
7.     Exibição de sinais de autoridade.
8.     Dificuldade no atendimento e conflitos com clientes.





Modelo Burocrático de Merton:

Baseado nas disfunções da Burocracia, que considerava ineficiente.

Modelo de Selznick:

Os problemas gerados pela burocracia são derivados dos problemas ligados à organização informal.
Para ele, a burocracia não é rígida, nem estática, mas adaptativa e dinâmica, interagindo com o ambiente externo e adaptando-se a ele.

Modelo de Gouldner:

Não existe um único tipo ou modelo de burocracia, mas graus diferentes de burocratização (variando desde o excesso de burocratização até a sua ausência completa).

Críticas à Teoria da Burocracia:

-        Racionalismo excessivo
-        Mecanicismo
-        Dificuldade de incorporar mudanças
-        Abordagem de sistema fechado
-        Abordagem descritiva e explicativa
-        Não considerou a organização informal

-        Dificuldade de lidar com conflitos