segunda-feira, 22 de junho de 2015

Origem das Agências de Viagens

O turismo, ou melhor, a busca do desconhecido, principal fator propulsor do turismo, tem suas origensmilênios, com o homem das cavernas, curioso como o moderno ser humano, ele fazia as suas investidas em busca de alimentação básica para seu sustento.

Mais tarde, no ano de 776 AC na Grécia, realizaram-se os primeiros Jogos Olímpicos, que não tinham o caráter esportivo, nem mesmo político que os modernos possuem; muito pelo contrário, os jogos naquela época eram muito mais um evento religioso.

Não existiam hospedarias até então e o número de pessoas que sempre afluíam aos jogos era muito grande. Segundo uma lenda daquela época, todos estes forasteiros eram muito bem recebidos e instalados, pois, dizia-se que Zeus compareceria a todos os jogos e de cada vez, sem se identificar, hospedaria-se em uma casa diferente, criava-se assim, a tradição do bem receber entre os gregos, principalmente porque, qualquer um dos visitantes poderia ser Zeus e esta foi uma das primeiras manifestações do que, hoje em dia, é o princípio indispensável para o desenvolvimento do turismo, ou seja, a hospitalidade turística.

Na fase antiga da história do turismo durante os Séculos XIII e XIV, viveu e viajou muito, aquele que é considerado o primeiro grande turista: Marco Polo.

Evolução Histórica

Sua origem está relacionada à história das viagens, com fatos atribuídos às antigas civilizações, da Idade Média até a Idade Moderna, com base em relatos do fato turístico de época conforme narração em obras especializadas.

Século XIX
  • 1841 – Thomas Cook (primeiro agente de viagens), fretou um trem para os participantes de um congresso antialcoólico entre as cidades de Liecester e Loughborough;
  • 1841 - Fundou a Thomas Cook and Son, a primeira agência registrada no mundo;
  • 1851 – conduziu cerca de 165 mil pessoas à Exposição de Hyde Park – Londres;
  • 1865 – vendeu a 35 turistas uma programação completa de viagem aos Estados Unidos;
  • 1872 – levou seus clientes em uma volta ao mundo numa viagem de 222 dias e inaugurou a primeira agência de viagens fora da Europa.
Criou ainda o voucher e a circular note, antecessora do traveller check.
As primeiras agências de viagens brasileiras foram registradas oficialmente como prestadoras de serviços específicos no final do século XIX.

Século XX
fase: As agências antigas se dedicavam aos tours individuais de clientela burguesa, formada por profissionais liberais e executivos e outros de alto poder aquisitivo.

fase: As agências da década de 30 eram especializadas em tours de grupos em automóveis e ônibus para atendimento das classes burguesas e da classe média, que surgia na época.

fase: As agências criadas a partir de 1950 eram caracterizadas pela execução preferencial de visitas organizadas e de tours para clientela de poder aquisitivo regular.
É nessa época que as agências pioneiras fundam as primeiras entidades associativas do setor, como: sindicatos e associações nacionais de agências e operadoras.

fase: As agências para a clientela mais jovem eram dedicadas, com mais determinação, a vendas e execução de pacotes em receptivos de veraneio de padrão médio e a preços acessíveis para cativar as pessoas e construir um fluxo de demanda constante ou regular.
A partir da década de 70 até o início do século XXI, são trinta anos de influências da economia de mercado mundial.

No final do séculoem 1998 nos Estados Unidos e em 1999 inclusive no Brasil, as agências de viagens e turismo começaram a sofrer uma redução significativa nos percentuais de tradição comumente acordados com as transportadoras aéreas.

Século XXI
O impacto do surgimento da Internet como uma ferramenta operacional e comercial associado à eventual desregulamentação do transporte aéreo e demais fatores marcantes do final do século XX são desafios que o setor de viagens vem enfrentando.



 

Classificação das Agências de Turismo


No Brasil, conforme Decreto nº 84.934 de 21 de julho de 1980, assinado pelo presidente da república, Gen. João Figueiredo ficou estabelecido que:
"Compreende-se por Agência de Turismo, toda a sociedade que tenha por objetivo social, exclusivamente as atividades de turismo definidas neste decreto".
As agências de turismo são empresas mercantis de serviço, porque dispõe de uma organização de meios sociais e humanos cujo objetivo principal é a obtenção de lucro e estão voltadas para a prestação de serviços aos consumidores, informando, assessorando e intermediando com os prestadores de serviços.

As Agências de Turismo classificam - se em duas categorias:
I - Agência de Viagens e Turismo;
II - Agência de Viagens.

Constitui atividade privativa das Agências de Turismo a prestação de serviços consistentes em:

I - venda comissionada ou intermediação remunerada de passagens individuais ou coletivas, passeios, viagens e excursões;

II - Intermediação remunerada na reserva de acomodações;

III - recepção transferência e assistência especializada ao turista ou viajante,

IV - operação de viagens e excursões, individuais ou coletivas, compreendendo a organização, contratação e execução de programas, roteiros e itinerários;

V - representação de empresas transportadoras, empresas de hospedagem outras prestadoras de serviços turísticos;

VI - divulgação pelos meios adequados, inclusive propaganda e publicidade, dos serviços mencionados acima.

As Agências de Turismo poderão prestar, ainda, sem caráter privativo os seguintes serviços:

I - obtenção e legalização de documentos para viajantes;

II - reserva e venda, mediante comissionamento, de ingressos para espetáculos públicos, artísticos, esportivos, culturais e outros;

III - transporte turístico de superfície;
IV - desembaraço de bagagens, nas viagens e excursões de seus clientes;
V - agenciamento de carga;
VI - prestação de serviços para congressos, convenções, feiras e eventos similares;

VII - operações de cambio manual, observadas as instruções baixadas a esse respeito pelo Banco Central do Brasil;

VIII - outros serviços, que venham a ser especificados pelo CNTUR.

O CNTUR foi extinto na reorganização administrativa do início do governo Collor.

É privativa das Agências de Viagens e Turismo a prestação dos serviços quando relativos a excursões do Brasil para o exterior.

Órgãos oficiais e entidades de classe de turismo aos quais uma agência está ligada

ABAV – Associação Brasileira das Agências de Viagens.
ABBTUR – Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo.
ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.
ABRAJET – Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo.
AGTURB – Associação de Guias de Turismo do Brasil.
BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo.
DAC – Departamento de Aviação Civil.
EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo.
IATA – Associação Internacional de Transportes Aéreos.
INFRAERO – Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária.
SINDETUR – Sindicato Nacional das Empresas de Turismo.
SINTRATUR – Sindicato dos Trabalhadores em Agências de Viagens e Turismo, Escritórios de Representação Turística da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
SNEA – Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias.

A importância das Agências de turismo e a sua função sócio-econômica
Na medida que uma Agência de turismo funciona como uma intermediária entre o produto final e o cliente, podemos considerar este segmento de atividade como uma das molas propulsoras do turismo. Este poder de propulsão vária de região para região, cidade para cidade, estado para estado e país para país.
Hoje cada vez mais, um número maior de pessoas percebe que as Agências não são meras intermediárias, mas sim empresas que tem a obrigação de oferecer:
ü      Segurança
ü      Conforto
ü      Confiança
ü      Qualidade de serviço
ü      Rapidez

A responsabilidade de uma Agência de turismo é cada vez maior na medida que os passageiros pagam antecipadamente por serviços que ainda não foram realizados.

Algumas das características dos serviços, principalmente o serviço turístico:

Intangibilidade: Não pode ser visto, provado, sentido, ouvido. Os prestadores de serviços procuram, sempre que possível, agregar aos serviços oferecidos fatores tangíveis tais como passagem, voucher, etc.

Inseparabilidade/ simultaneidade: Os serviços primeiro são vendidos, depois produzidos e consumidos ao mesmo tempo. São inseparáveis de quem os proporciona, o prestador é parte do serviço e junto com o cliente ambos afetam os resultados.

Perecibilidade: O serviço não pode ser estocado para venda posterior. A sazonalidade é um grande problema para os serviços turísticos.

Variabilidade: Serviços dependem de quando, quem, onde e como são prestados. As pessoas reagem de forma diferente em momentos diferentes. A padronização pode provocar despersonalização.

Poucos percebem, mas uma Agência de turismo participa de forma preponderante no desenvolvimento econômico de uma região.










O Alfabeto Internacional Fonético
O alfabeto internacional fonético é um instrumento imprescindível em turismo, pois ele permite a correta comunicação de dados (sobrenome do passageiro, nome do passageiro, mês correto, nome do hotel) principalmente via fone, aumentando a eficiência e velocidade das transações entre agências e fornecedores, e diminuindo a existência de possíveis erros que podem comprometer a viagem de um passageiro.
Desta forma, soletrando pausadamente letra por letra, podemos explicar a qualquer pessoa do trade o que estamos a transmitir, por exemplo, CANTANHEDE,   Charlie..Alfa..November..Tango..Alfa..November..Hotel..Eco..Delta..Eco).
 
A
ALFA
N
NOVEMBER
B
BRAVO
O
OSCAR
C
CHARLIE
P
PAPA
D
DELTA
Q
QUEBEC
E
ECO
R
ROMEU
F
FOX
S
SIERRA
G
GOLF
T
TANGO
H
HOTEL
U
UNIFORME
I
INDIA
V
VITOR
J
JULIETE
W
WHISKY
K
KILOMETRO
X
XADREZ
L
LIMA
Y
YANKEE
M
MIKE
Z
ZULU



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